Entrada prestada de Murakami

Tomo esta entrada del blog de José Santana Filho, "Crônicas e Reflexões", sitio que recomiendo ampliamente. Hoy tiene un breve fragmento del libro "Sputnik, mi amor" del escritor japonés Haruki Murakami, publicada en 1999. Lo hago no sin antes confesar que no he leído el libro, pero que ahora pronto compraré gracias por esta recomendación que me llega desde Brasil. Se aceptan comentarios de quien haya leído la novela y también de quien, como yo, ahora tenga ganas de leerla.


haruki murakami

Em Minha Querida Sputnik:
Muito tempo atrás, na China, havia cidades circundadas por muros altos, com portões enormes, suntuosos. Os portões não eram apenas portas que permitiam a entrada ou saída das pessoas. Eles tinham uma grande importância. As pessoas acreditavam que a alma da cidade residia nos portões. Por isso, até hoje, na China, há uma porção de portões maravilhosos ainda de pé.
As pessoas levavam carretas aos campos em que se travaram batalhas  e coletavam os ossos descorados que haviam sido enterrados ou que se espalhavam por ali. A China é uma bonita região, um monte de antigos campos de batalhas, por isso nunca precisaram buscar muito longe. Na entrada da cidade, construíam um portão imenso e o vedavam com os ossos dentro. Esperavam que, homenageando-os dessa maneira, os soldados mortos continuariam a proteger a sua cidade.
Quando o portão era concluído, levavam vários cachorros, cortavam suas gargantas e borrifavam o portão com seu sangue. Somente misturando sangue fresco com ossos exangues, a alma antiga dos mortos reviveria magicamente.
Escrever romances é a mesma coisa. Juntam-se os ossos e faz-se o portão, porém não importa o quão maravilhoso se torne, só isso não o torna um romance vivo, que respira. Uma história não é algo deste mundo. Uma verdadeira história requer uma espécie de batismo mágico para ligar o mundo deste lado ao mundo do outro lado.
- O que está querendo dizer é que devo partir sozinha e encontrar o meu próprio cachorro?
Concordei com um movimento da cabeça.
- E derramar sangue fresco?
Sumire mordeu o lábio e refletiu.
- Eu realmente não quero matar um animal, se puder evitá-lo.
- É uma metáfora – disse eu – Não precisa matar de verdade coisa nenhuma.

Tomado del sitio: 
http://cronicasereflexoes.wordpress.com/2011/10/25/haruki-murakami/

Dejo aquí una breve nota del libro tomada de un sitio que acabo de descubrir que se llama Ambiente G.
A los veintidós años, en primavera, Sumire se enamoró por primera vez. Fue un amor violento como un tornado que barre en línea recta una vasta llanura. Un amor que derribó todo a su paso, que lo succionó todo hacia el cielo en su torbellino, que lo descuartizó todo en un arranque de locura, que lo machacó todo por completo (…) Fue un amor curioso, monumental. La persona de quien Sumire se enamoró era diecisieta años mayor que ella, estaba casada. Y debo añadir que era mujer. Aquí empezó todo y aquí acabó (casi) todo.
Así, de esta forma tan pasional y tan hermosa comienza Sputnik, mi amor. Una novela que narra el amor entre dos mujeres de Haruki Murakami, el escritor japonés más prestigioso del momento.
En Sputnik, mi amor, el escritor nos cuenta como se conocieron Sumire, una joven japonesa cuyo máximo y único objetivo en la vida es convertirse en escritora, y Myû, una mujer de mediana edad, casada, y empresaria, que contrata a Sumire para que trabaje para ella, tras un encuentro casual y fortuito, de esos que a veces te regala la vida.
Y para cerrar el trío, Murakami introduce al narrador de la historia, un joven profesor de primera que está profundamente enamorado de Sumire.
Una novela llena de sensualidad y de detalles, con el estilo tan particular de Murakami.